Dependência química tem cura? Descubra como vencer esse obstáculo.

O uso de drogas e substâncias psicoativas sempre provoca danos orgânicos e psíquicos no usuário, que acaba por se tornar dependente. Uma pessoa dependente de substâncias desse tipo deve ser avaliada criteriosamente por um médico psiquiatra, especialista em dependência, fazendo o diagnóstico e encontrando o melhor tratamento para supressão e desintoxicação. Não devemos pensar que dependência química tem cura: não tem.

A dependência de drogas pode ser superada como qualquer outro obstáculo na vida de uma pessoa, mas ele precisa manter-se atento durante toda sua vida. Se pensar que a dependência química tem cura, poderá ser levado a novas situações e se tornar um dependente de diversas substâncias ao mesmo tempo, já que a recaída costuma ser ainda mais agressiva.

O usuário que faz uso constante de drogas psicoativas pode entrar num quadro considerado síndrome de dependência, situação em que não existe cura. O dependente poderá manter controle sobre seu problema e evitar situações em que possa ser levado a consumir novamente qualquer tipo de substância.

O tratamento para um dependente químico deve ser conduzido por especialistas, conscientizando-o da necessidade de eliminar a droga de sua vida, fazendo com que saiba que a dependência química tem cura apenas se ele não retornar ao seu uso. Ele pode evitar não recair, mas não pode se livrar totalmente da dependência química pelo resto de sua vida.

 Tratamentos que possibilitam se livrar da dependência

Hoje existem tratamentos e medicamentos que são eficazes para a dependência química, associando-se o tratamento psicoterapêutico com outras ferramentas da medicina, utilizando métodos multidisciplinares, com especialistas de diversas áreas. A dependência química tem cura apenas no aspecto psicológico, quando o usuário se conscientiza de sua necessidade de se afastar das drogas.

Um dos mais graves problemas que fazem o usuário pensar que dependência química tem cura é seu próprio ponto de vista, imaginando que poderá parar quando bem entender, que mantém controle sobre o uso de drogas e, dessa forma, enredar-se cada vez mais, sem conseguir escapar sozinho.

Além disso, um dependente, na maior parte das vezes, não faz uso apenas de drogas. É bastante comum que um usuário de cocaína faça uso de bebidas alcoólicas, ocorrendo também o inverso: ao fazer uso de bebidas, sente vontade de usar qualquer droga mais pesada, como cocaína ou crack, para ter mais prazer.

Pensar que a dependência química tem cura é um engano

Se o usuário de drogas pensar que a dependência química tem cura, nunca irá se livrar do seu uso. A dependência é uma doença incurável, se tornando progressiva com o tempo e se tornando, em muitos casos, fatal.

Se a pessoa usuária de drogas não procurar tratamento, o uso de drogas vai se transformar em abuso, tornando-se um hábito constante, passando a ser dependente e fazendo com que sua vida e a de seus familiares se torne uma tragédia.

O tratamento para a dependência exige abstinência total de qualquer tipo de drogas ou de álcool, fazendo com que o dependente passe por uma completa transformação, desde o afastamento de pessoas com quem convive para o uso de drogas até a participação em grupos de terapia.

Não adianta o usuário pensar que a dependência química tem cura e que usando algum tipo de medicamento poderá se livrar das drogas de maneira definitiva. O tratamento precisa que ele, usuário, mude seu caráter, transforme seus sentimentos, coloque-se como pessoa consciente diante das questões e da própria vida.

Em muitos casos, quando uma pessoa faz uso de qualquer tipo de substância psicoativa, os efeitos provocados ficam gravados em sua memória, tornando-se uma excelente opção para que consiga prazer de forma rápida, podendo, assim, fugir de situações que não gosta. Isso faz com que a pessoa pense que a dependência química tem cura, passando a usar mais e mais vezes e se tornando um escravo das drogas.

A pessoa usuária pode pensar estar encontrando uma solução para seus problemas e esse costume pode leva-la a se enganar, achando que pode deixar a droga a qualquer momento e que a dependência química tem cura. Num determinado ponto de sua vida, passa a procurar drogas com maior frequência, vendo-se impossibilitado de abandonar o vício sem um tratamento.

O autoengano de que a dependência química tem cura

O dependente costuma se enganar, sem perceber que dentro do seu cérebro e de seu organismo estão surgindo mecanismos de defesa, fazendo com que pense que suas atitudes não estão causando qualquer mal e que as pessoas estão erradas. Ele acha que dependência química tem cura e continua se negando a deixar as drogas.

Quando uma pessoa o recrimina, dizendo que está abusando, o dependente se defende, mente, diz que pode largar a qualquer momento, afirma que a dependência química tem cura e que ele não é dependente.

Sua principal defesa está em achar que todo mundo está errado, chegando a tentar convencer os outros e a si mesmo de que está fazendo uso de sua liberdade e que pode vencer o vício no momento em que bem entender.

Em algumas situações o dependente começa a mentir, ser desonesto, manipular e seduzir as pessoas à sua volta, não enfrentando de frente o próprio problema, criando, dessa forma, uma reação em cadeia, afastando as pessoas amigas e, com isso, sentindo que está sendo rejeitado, levando a um estado de frustração e angústia que o conduz ao consumo de maior quantidade de drogas.

Uma pessoa dependente, normalmente, se não é uma pessoa imatura emocionalmente, acaba se tornando, sentindo baixa autoestima e não tendo qualquer tolerância às frustrações que a vida oferece. O dependente não consegue trabalhar com seus próprios problemas e a droga se mostra como uma defesa inconsciente, uma condição em que pode sentir prazer.

O dependente pode até acreditar que a dependência química tem cura, mas o que ele precisa é de recuperação, muitas vezes através de uma clínica de dependência química, buscando encontrar novamente um sentido para sua vida.